segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Histórias de Paris


Gilles Clement
É um jardineiro francês, desenhista de jardim, botânico, agrônomo, viajante e escritor.

Quando cheguei à Paris em abril do ano passado, se passavam das 20:00hs, só restou tempo para colocar as malas e sair para jantar.
Quando saí, um cheiro diferente no ar e o sorriso estampado, me faziam acreditar que um estado de encantamento tinha me acometido:  uhu...estou em Paris!!
Naquela noite friaaa... congelada, percebi melhor onde estava e o clima local era bom.
No final da rua do hotel tinha um rio, uma praça e próximo, as margens desse rio ficavam vários bares e restaurantes, cheios de pessoas tomando seu vinho, fumando de uma maneira que somente os franceses sabem, estilo cotovelo em cima da mesa ou apoiado nos joelhos, dedos levemente inclinados para cima, conversando com os amigos, sem movimentos bruscos.
Me senti muito bem ali, sentei, pedi meu jantar com vinho é claro...
E no dia seguinte, fui verificar com a luz do dia aquele lugar que me transmitiu e me atraiu tanto, pela atmosfera e gente local.
Estou contando isto agora, por que fui apresentada à Gilles Clement, apresentada no cognitivo, pois antes não o conhecia. Conhecia somente pelo prazer de desfrutar da sua criação, um belo espaço às margens do rio, me encantei com aquele local em Paris e hoje sei que ele é o criador de um espaço encantador e muito freguentado, que na imensidão dos acasos da vida fui me deparar.
Meu hotel o Ibis ficava próximo do Basin-de-la-Villette, saltava na estação Laumière e sempre ia andando para casa...rs
Bassin de la Villette, Paris © OTCP - Amélie Dupont

Arte


Olhando a cidade por novas lentes.


Aarhus  Harbor

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Porto Maravilha

Debates sobre o Rio de Janeiro
Porto do Rio

Me pergunto: Será que precisamos de um vazio no espaço para propor a modernidade?
Será que vamos ver mais um processo de gentrificação?

Ontem foi um dia de debates sobre as obras utópicas? do "Porto Maravilha".
Onde mega empreendimentos comerciais e habitacionais estarão brotando em meio à uma nova paisagem de porto.

Alguns Mestres e Doutores do Brasil e da França, estavam participando desde debate colocando suas visões, especulações e dissertações em pauta.
Depois de um intenso dia de reflexões que acabou às 19hs com o desabafo final, choro e a pergunta: por que ainda estamos debatendo essas coisas, quando serão colocadas em praticas, quando a cortina irá vidrificar e transparecer as autoridades, até que ponto as autoridades têm realmente o poder e controle da cidade?.
O desabafo, discordâncias, o choro de pessoas sensíveis a algumas impossibilidades de como e quanto à cidadãos; a raiva, pontos de vistas diferentes olhando na mesma lente, lente esta que põe a cidade e seus pertences, pertencentes como donos dela, ou seria o processo construtivo com a modernização o próprio arruinamento?

Mestres e Doutores se veem impossibilitados diante de tamanha competitividade empresarial, poder industrial, poder empresarial quanto as rédeas do sistema construtivo, onde a cidade é pensada de forma a ganhar com mega empreendimentos.
Até onde podemos sair de debates e se inserir neste mundo com tamanho peso de estudiosos a respeito da cidade pensada sem o colocar o highlight na turistificação.
Uma moradora do morro da Providência estava presente e falou: " O poder tem uma pata pesada"
Até agora mais de 150 pessoas foram expulsas do morro para dar lugar a "modernidade".
A previsão é que até o final das obras 850 famílias sejam removidas, com casas marcadas sem consulta prévia - e com a promessa de um aluguel social de 400 reais ou uma indenização de 27 mil.
E o debate continua...




http://www.prourb2.fau.ufrj.br/as-ruinas-da-patrimonializacao-rio-2014-%E2%80%A2-paris-


http://www.museudeartedorio.org.br/pt-br/evento/seminario-internacional-ruinas-da-patrimonializacao